domingo, 27 de dezembro de 2009

Arroz de marisco


Compro daquela mistura de marisco que já traz um pouquinho de tudo e depois em casa acrescento-lhe mais uns camarões e/ou delícias do mar e por vezes os dois, não fica um arroz grandioso mas disfarça bem.

Coloco azeite num tacho onde refogo ligeiramente cebola e alho (só um dente) picados. Junto meio copo de vinho branco e deixo levantar fervura, junto sal, e água. Assim que começar a ferver outra vez está na hora de acrescentar os mariscos de casca, deixo estar uns 5 minutos, o propósito é dar sabor ao caldo e os de "casca" demoram um pouco mais a cozer.
Passado este tempo, junto o resto dos mariscos e deixo ferver uns 10 minutos antes de introduzir o arroz.
Está na hora de baixar o lume para médio.
A 1 minuto de retirar o arroz do fogão junto-lhe uma boa mão cheia de coentros picados.
Decoro com alguns camarões inteiros e sirvo imediatamente.

Nota : Se gostar pode adicionar ao refogado 1 bom tomate maduro, sem peles nem grainhas e picado.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Salmão em papelotes


Corte quadrados de papel de alumínio com tamanho suficiente para depois fechar bem de forma a que não saia nem uma gota de vapor, pois, é assim que o nosso salmão vai cozer.
Corte rodelas de cebola bem fininhas, pimento e alho francês às tiras.
Nos papelotes disponha rodelas de cebola e tiras de pimento e alho francês, tempere com sal e coloque o salmão por cima, eu usei lombos, mas as postas ficam igualmente boas. Tempere o salmão com sal, pimenta e um fiozinho de azeite, cubra-o com rodelas de limão ou se não gostar do sabor do limão dispense-o.
Feche os papelotes o melhor que conseguir.
Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus durante 20 a 25 minutos, dependendo da espessura das postas.
Para acompanhar cozi ervilhas que depois salteei em manteiga e alho.

Atenção: os papelotes incham no forno, não se preocupem, não chegam a rebentar, mas, tenham muito cuidado ao abrir, o vapor vem a 100 à hora

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Receita de Natal!


Mistura-se a força de viver com muita alegria e bate-se bem.
Quando estiver misturado junta-se amor e paz e mexe-se com sonhos, nossos e de outros.
Envolve-se tudo com muita ternura.
Deita-se numa forma grande com feitio de coração e vai ao forno com calor humano.
Cobre-se com carinho.
Come-se quente e deseja-se que dure para sempre.

EXPERIMENTE!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Cabeça de Xara



Para além de ser uma receita tradicional é também uma boa maneira de aproveitar uma das partes do porco à qual muitas vezes não se sabe muito bem o que se fazer.
É uma receita rica, rica em colesterol quero eu dizer, mas, ( a desculpa do costume) perdoa-se o mal que faz pelo blá blá blá.

Cá vai a receitinha:
1 cabeça de porco desossada
1 cabeça de alhos bem grande
1 molho de manjerona ( fiz batota e usei seca, não encontrei fresca em lado nenhum, depois tive que coar o caldo, mas no fim bateu tudo certo e o sabor é o mesmo)
1 molho de salva
Sal

Junta-se tudo na panela de pressão e deixa-se cozer durante uma hora e meia depois do pipo começar a rodar, parece muito tempo mas é mesmo assim, a carne tem que ficar bem tenra inclusive as orelhas e todos sabemos que a cartilagem custa a cozer.
Ao fim deste tempo tira-se a carne da panela e corta-se em pedacinhos pequenos, atenção não queremos os alhos que estão demasiado cozidos nem as ervas que já fizeram o seu papel, tenham também o cuidado de as tirar do caldo se é que restou alguma.
Por falar em caldo, têm que o usar todo, não dá pra fazer batota, voltem a pôr a panela ao lume (não caiam em tentações de deitar metade fora) e deixem reduzir até terem o equivalente a mais ou menos uma chávena de chá, demora um bocadiiiiito.
Assim que o caldo estiver pronto, provem, rectifiquem o sal, não faz mal se estiver salgado é para espalhar por muita carne e até convém, deita-se por cima da carne já partida, mistura-se bem e agora o segredo da coisa, têm que arranjar um objecto qualquer que sirva de base porque a carne tem que ser prensada, no meu caso pus a carne num recipiente redondo e depois usei um prato que coube mesmo á rasquinha, por cima coloca-se um peso, eu usei um garrafão de 3 litros de óleo.
A cozinha estava linda com aquele bibelot.
Deixei repousar durante 12 horas, desenformei e pus no frigorifico.
Com as quantidades indicadas em cima fiz à volta de 2 kg da coisa, deu para nós, para oferecer aos amigos e família e ainda dá para congelar ( no frigorifico aguenta à volta de um mês) porque muita seguida ninguém aguenta.
Habitualmente come-se com pão ou em sandes como se de fiambre se trata-se, mas também pode ser usada como prato principal juntamente com uma saladinha ou então como eu gosto, com ovos mexidos feitos com bastante salsa, o meu cardiologista até dá pulos.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Saladinha pra menina


A Ana não estava em casa. Os homens decidiram entre eles que redon haviam de comer. A gaja não lhe apetecia cozinhar mas também não lhe apetecia canjinha (era o que estava feito).
vai de Salada!
Alface cortada em juliana, agriões, cebola, cenoura ralada, courtons, pinhões e cubinhos de presunto, temperei com azeite, vinagre (prefiro sumo de limão, mas não havia) e sal.
Ao fim de duas horas estava com fome, mas vou repetir a experiência.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Salsichas gadelhudas


Atenção:esta não tem sequer o estatuto de receita, é quase uma piada, por isso dispensam-se bocas foleiras se as houver.
Quem tem filhos chatos que na hora da refeição torcem o nariz a tudo, sabe o que é sofrer ou como se diz na minha terra - ama a deus de beiça caida!
Inventar, inovar, dar pinotes é o prato do dia para os pais.
Num dos meus passeios pela net encontrei este prato (lamento mas não me lembro onde foi) e logo decidi fazê-lo. Coisa mais simples não há.
Pego numas quantas salsichas e corto-as em duas ou três partes, já tá? Ok, agora peguem em esparguete cru e espete uns quantos inteiros nas ditas.
Numa panela: água, sal, três colheres de sopa de polpa de tomate e duas colheres de sopa de margarina, deixar ferver, acrescentar esparguete e as salsichas enfeitadas.
Assim que a massa estiver cozida está pronto, escorro e polvilho com salsa picada.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Frango de Fricassé


1. Num tacho ponho duas cebolas e 2 dentes de alho tudo picado finamente, junto-lhes azeite e ligo o bico do fogão, não vou fazer um refogado, isto serve praticamente só para aquecer os condimentos, junto o frango partido aos pedaços e deixo alourar em lume brando e com o cuidado de não deixar agarrar.

2. Cubro o frango com água, tempero com sal e pimenta, tapo e deixo estufar até o frango estar macio e o molho reduzido e apurado. Retiro do lume.

3. Junto-lhe 3 ovos mexidos (na receita original só usam as gemas) e salsa picada.

4. Volto a por ao lume até os ovos estarem cozidos, mas mexendo sempre para que não se peguem. Retiro do lume

5. Junto-lhe o sumo de 1 limão

6. Sirvo imediatamente com batatas fritas

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

kebabs


O Paulo já me andava a chatear à umas luas para as fazer, hoje tive um pouquinho mais de tempo e lá me decidi.

Numa tigela pus carne picada ( esta era de borrego e a receita é com esta carne mas pode utilizar a que lhe der na bolha), 1 cebola picada, pão ralado, coentros em pó, cominhos, raspas e sumo de 1 limão, 1 ovo e sal.
Misturei muito bem, fiz rolinhos tipo salsicha, enfiei num espeto e grelhei.
Não é muito tradicional mas acompanhei com arroz branco.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Caldo verde


Descasco batatas, 1 cebola e 2 dentes de alho, coloco-os na panela de pressão, no cesto dos vegetais ponho a couve cortada muito fininha, 1 chouriço picado com um garfo e alguns coentros picados (opcional), acrescento azeite e tempero com sal.
Deixo cozer durante 20 minutos depois do pipo da panela começar a rodar.
Retiro a couve e o chouriço, parto-o às rodelas, desfaço o que está na panela com a varinha mágica.
Misturo tudo e sirvo bem quente de preferência com uma fatia de broa de milho.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Bacalhau com broa e batatas assadas a murro



Cozo o bacalhau (normalmente uso as postas menos nobres) e desfio.
Numa frigideira faço um refogado com azeite (não sejam somíticas), cebolas cortadas ás rodelas, alho picado e uma folha de louro, acrescento as lascas de bacalhau, rectifico o sal ponho uma pitada de pimenta.
Esfarelo a broa.
Num recipiente que possa ir ao forno e à mesa ponho a mistura do bacalhau e da cebola, cubro com os miolos de broa, rego com um fiozinho de azeite (desta vez seja somítica) e levo ao forno até alourar.

Para esmurrar batatas faço assim:
Lavo-as muito bem mas mantenho a casca e não, não lhe começo logo aos murros, a ideia é lembrar-me da minha chefe enquanto o faço e não magoar as mãos...
Dou-lhes um golpe em forma de X e ponho-as no microondas, na potência máxima durante uns 7 ou 8 minutos, ficam no ponto, dou-lhes um murro bem assente no X, tempero-as com sal, ponho ervas da provença, uma noz de manteiga em cada uma e volto a pô-las no forno até estarem assadas ( mais ou menos 20 minutos na potência máxima).

Dica: para que o bacalhau fique mais macio basta acrescentar meio copo de leite na água da cozedura, não altera o sabor do prato final.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Rissois de leitão e cuscuz


O leitão é coisa fina, para uma família como a minha um leitão dava assim, digamos que, para, uma refeiçãozita ligeira (lol), então nada melhor que optar por fazer uns rissóis, como diria uma amiga "abunda" que se farta.

Começo pela massa, ponho ao lume água com uma casca de limão, 1 colher de margarina e sal, deixo ferver, quando está a ferver a sério, assim com grandes bolhas que mais parece uma tempestade de inverno, retiro do lume e rapidamente e de uma só vez acrescento a farinha (que deve ser da mesma quantidade que a água, 1 chávena ou 2 de cada), mexo, mexo mexo, até estar bem misturado.
Levo o tacho novamente ao lume mas desta vez em lume brando, vou mexendo e batendo a massa sem parar até esta estar sem humidade, quando consigo fazer uma bola, verto a massa para uma bancada polvilhada com farinha e vou amassando até arrefecer, deixo descansar 20 minutos até a trabalhar com o rolo da massa.
Para o recheio começo por desfiar o leitão que comprei já assado, pico uma cebola muito finamente e refogo com um pouquinho de azeite, acrescento piripiri, a carne e tempero com sal, polvilho tudo com farinha, mexo bem e vou juntando água quente aos poucos até fazer um creme espesso, mexendo sempre acrescento sumo de limão, salsa picada e 2 gemas de ovo.
Deixo arrefecer o creme antes de o utilizar.
Depois dos rissóis estarem feitos passo-os por ovo mexido, pão ralado e frito em óleo bem quente.

Acompanhei com cuscuz, as embalagens costumam dizer como se deve cozê-lo mas eu faço-o doutra maneira e nunca me dei mal, o meu truque é simples basta ter em atenção as quantidades 2 de água para 1 de cuscus, numa tigela ponho os ditos acabadinhos de tirar do pacote. Num tacho ponho cebola picada, alho picado, azeite, bacon (o que me apetece e me lembro na altura, lembrem-se os cuscuz não têm sabor, assim podemos juntar o que nos apetece), ás vezes até pedaços de pimento ou tomate, junto a água, tempero com sal e uma pitada de pimenta, se quiser pode por cominhos também ou em vez de, e deixo ferver. Assim que a água ferve despejo-a sobre os cuscuz, tapo a tigela muito bem com película aderente e deixo ficar 5 minutos, findo este tempo destapo, os tipos estão fofos mas colados, não se rale é mesmo assim, separe-os com um garfo e delicie-se.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Peixe - Espada preto com azeite perfumado


A Ana adora, dá um pouquinho mais de trabalho do que só fritar mas no fim acreditem que vale a pena.

Ponho uma quantidade generosa de azeite numa frigideira, assim que está quente junto-lhe fatias de bacon cortadas fininhas e deixo ficar até estarem bem tostadas, entretanto vou passado o peixe previamente temperado com sal e uma pitada de pimenta, por farinha ( gosto mais da farinha de milho, mas à falta desta qualquer uma serve).
Retiro o bacon e reservo.
Frito o peixe-espada no mesmo azeite onde fritei o bacon.
Ponho batatinhas novas a cozer com a pele.
Assim que o peixe está pronto coloco-o numa travessa, rodeado das batatinhas que entretanto descasquei.
Se me parece que o azeite ainda é muito retiro uma parte e adiciono dois dentes de alho bem picadinhos até os ouvir estalar, retiro do lume e junto sumo de limão.
Rego o peixe com este molho.
Distribuo as fatias de bacon por cima do peixe, salpico com salsa picada e sirvo imediatamente

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mão de Borrego no Tacho



Fiz num recipiente de barro, mas à falta deste um tacho também serve.
Parti a mão de borrego, juntei-lhe 2 cebolas cortadas às rodelas, 4 dentes de alho picados, 1 molho generoso de hortelã, 1 colher de sopa de colorau, salsa picada, 3 colheres de sopa de azeite, 1 pitada de pimenta e sal. Misturei. Deitei vinho branco até tapar a carne.
Tapei e deixei ficar em lume brando durante cerca de 1 hora. Fui mexendo de vez em quando, se o caldo reduzir muito acrescento pequenos golinhos de vinho branco.
Vejo se a carne está tenra, destapo e deixo reduzir o molho vigiando sempre para não secar demasiado. Desligo, está pronto.
Quando me apetece corto batatas novas aos cubos e ao fim de meia hora junto-as à carne. Fico logo com a refeição feita, mas desta vez não tinha espaço e optei pelas sempre apreciadas batatas fritas.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Portobello Recheados


Fui ao Pingo Doce, lá estavam eles a olhar para mim, não lhes resisti, trouxe-os para casa.
Comecei por esfregá-los bem para os limpar (os cogumelos não devem ser porque absorvem muita água), de seguida tirei-lhes o pé e deitei-os de barriga para cima num pirex, para irem relaxando.
Piquei os pés, piquei cebola, piquei bacon (pouco), piquei salsa, piquei alho.
Numa frigideira pus 2 colheres de sopa de azeite, juntei-lhe a cebola e o bacon, deixei corar, juntei o alho, os pés e uma borrifadela de vinho branco, temperei com sal e uma pitada de pimenta branca, deixei ferver 5 minutos, os pés largam água e convém deixar reduzir o molho.
Desliguei e juntei a salsa picada. Misturei tudo.
Por cima de cada cogumelo pus 2 ou 3 camarões congelados daqueles pequenos que já vêem descascados e tudo. Por fim «encho-os» com o preparado e levo ao forno pré-aquecido a 160º durante 15 minutos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Bifes de peru com cogumelos e natas


Umas horas antes cortei os bifes em pedacinhos e temperei com alho, sal e um pouquinho de vinho branco.
Numa frigideira pus margarina (uso de soja, logo não tem colesterol) e o equivalente a uma colher de chá de óleo, ou seja, o suficiente para a margarina não queimar. Assim que esta está derretida junto os bifes com a marinada e tudo, e tudo. Tapei e deixei cozinhar até estarem tenros e terem aquela cor pálida do costume, juntei uma lata de cogumelos e um pacote de natas, rectifiquei o sal e acrescentei uma pitada de pimenta branca.
Ferveram destapados até o molho engrossar.
Servi com batatas fritas.

Dica : Se está a fazer dieta por causa do colesterol em vez das natas pode usar metade de um copo de leite, fica igualmente bom embora demore um pouquinho mais a engrossar.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Sopa rápida de feijão com couve


Na panela de pressão ponho 2 ou 3 batatas descascadas, 1 cebola, o conteúdo de 2 frascos de feijão encarnado aos quais escorri o líquido. Ponho o cesto dos vegetais por cima e lá dentro ponho a couve cortada às tiras e mais um frasco de feijão, tempero com sal, acrescento azeite, cubro tudo com água e coze durante 20 minutos depois do pipo começar a rodar.
Descasco uma cenoura grandita e corto-a às tirinhas como se fosse para salada.
Assim que termina de cozer retiro o cesto dos vegetais onde tenho a couve e parte dos feijões e reservo, desfaço o conteúdo da panela com a varinha mágica, junto tudo, acrescento a cenoura e já está.

Atenção: esta sopa dá para 3 dias numa casa de família que não costuma ter fastio, para não enjoar aconselho redução nas quantidades.

domingo, 29 de novembro de 2009

Costeletas de porco no tacho


Para minimizar o pecado da carne de porco, usei beringela no molho, que dizem faz bem ao colesterol. Não sei se é verdade, mas quero acreditar que sim, pelo menos assim não me dói tanto a consciência.
Num tacho pus 3 colheres de sopa de margarina, 2 cebolas generosas, 1 beringela sem pele cortada aos quadrados, 5 alhos, 2 cenouras grandes cortadas às rodelas, 2 colheres de sopa de polpa de tomate ( se tiver um tomate maduro melhor ainda) e 2 copos de vinho branco. Deixei ferver e acrescentei as costeletas, 2 cabeças de cravinho e 1 colher de chá de cominhos e sal.
Tapei e deixei cozinhar durante uns 30 minutos em lume forte. Passado este tempo retirei as costeletas, desfiz o molho com a varinha mágica e fiz uma salada para acompanhar.

Na salada pus rebentos de soja, cenoura ralada, alface migada, milho doce, tomate e pimento, temperei com limão, azeite e sal.
Bom apetite.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Arroz de Pato


Cada vez que falo com alguém sobre este prato surge uma receita diferente, acho que é daquelas coisas que passam de geração em geração e cada família faz à sua maneira.
A minha é assim:
Parto o pato ao meio e barro-o com um limão, ponho-o na panela juntamente com um chouriço de carne de preferência de porco preto que cá em casa nos somos muito gulosos. Acrescento uma pitada de sal (cuidado que o chouriço já tem, não exagere) e ponho a cozer.
Depois de cozido desfio o pato e pico o chouriço, não necessariamente muito picado, só assim aos quadradinhos, junto os dois e misturo-os bem
Na panela continua a água onde cozeu o pato, com uma concha tiro o excesso de gordura (acreditem é imensa) e quando me parece bem, volta ao lume para ferver e ponho o arroz a cozer nessa água.
Num recipiente de ir ao forno ponho uma camada de arroz, uma camada de pato e mais uma de arroz, decoro normalmente com fatias fininhas de bacon ou com chouriço às rodelas.
À parte bato dois ovos e ponho por cima do arroz (dispensável mas eu gosto de o ver com icterícia).
Levo ao lume até estar tostadinho
Sirvo com uma boa salada verde a azeitonas.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sopa de Aipo


Enchi a panela de água até tapar os vegetais, acrescentei sal e azeite Descasquei 3 batatas médias, 3 cenouras, 1 chuchu, 1 cebola, 1 nabo e uma curgete pequena, cortei tudo em cubos e pus na panela de pressão.
Cortei o aipo em bocadinhos para ai do tamanho de uma unha ( das pequenas, lol), pus no cesto dos verdes e coloquei-o por cima dos legumes.
. Fechei a panela pus ao lume e fui à minha vida.
O pipo rodou durante 15 minutos. Apaguei o fogão.
Retirei o cesto dos vegetais onde estava o aipo e reservei, desfiz com a varinha mágica os legumes que ainda estavam na panela. Misturei tudo e comi.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Massa de Arroz Primavera


Diz que é de Primavera, diz que é!
A mim sabe-me sempre bem e é uma variação às comidas mais pesadotas de inverno.
Pico 1 cebola, corto uma fatia grossa (1cm) de fiambre de peru em pequenos cubinhos, 1 alho francês às tiras largas, ananás em pedaços e ralo 1 cenoura.
Num tacho coloco uma cebola com 2 colheres de azeite e deixo refogar ligeiramente, junto os vegetais e acrescento bambu e cogumelos. Mexo bem e deixo estar em lume brando durante uns 5 minutos, é mais ou menos só o tempo de aquecer. Tempero com sal e junto o fiambre, deixo durante mais 2 minutos e desligo o fogão.
À parte a massa segundo as indicações do pacote (fervo a água, retiro do lume, coloco a massa, deixo ficar 4 minutos, mexo bem com um garfo e escorro).
Saudável e saboroso!

domingo, 22 de novembro de 2009

Fígado de cebolada



Temperei o fígado cortado às iscas umas horas antes de cozinhar com alho, sal, 1 folha de louro e vinho branco.
Pus azeite num tacho, não muito assim mal a cobrir o fundo, deixei aquecer, juntei-lhe o fígado com a marinada, 1 pitada de cominhos em pó e 2 cebolas cortadas às rodelas, acrescentei um pouquinho de vinho branco, tapei e deixei cozinhar, as cebolas começam a suar e largam os seus sucos para o molho, mas convém ter atenção para não deixar secar a carne, se lhe parecer, basta acrescentar um pouquinho de vinho branco. Vá mexendo de vez em quando até a carne estar macia, ao chegar a este ponto destape o tacho, rectifique os temperos e deixe ferver até reduzir o molho.
Para acompanhar cozi massa fusili em água e sal, depois de escorrida acrescentei uma colherada generosa de margarina de soja e um punhado salsa picada.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cozido de grão


Venha o diabo e diga que este não é um prato de Inverno. Quando o tempo arrefece e a chuva não deixa pôr o nariz fora da toca, não há nada como um belo de um cozido de grão.
Eu faço-o com carne de borrego, mas pode optar por porco se quiser.
Numa panela com água a ferver temperada com sal e azeite ponho a carne de borrego e um chouriço ou um pedaço de bacon ou presunto, enfim o que lhe apetecer ou estiver à mão, quando a carne estiver a meio da cozedura acrescento os vegetais, batatas, cenouras e feijão verde, quase no fim abro uma lata de grão que escorro e acrescento também à panela, não só para aquecer mas também para ficar mais macio e com o sabor das carnes.
Depois é só escorrer o líquido, não precisa de mais temperos, partir o chouriço, servir numa travessa bonita e fazer cara de quem está muito cansada porque o jantar deu um trabalhão.


Truque: eu cozo sempre o chouriço inteiro e para não rebentar pico-o com um grafo antes de o pôr na panela.

Manha: pode aproveitar a água do cozido para fazer sopa, basta acrescentar-lhe algumas massinhas e um punhado de vegetais

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pescada no forno com beringela e grelos


Num pirex de ir ao forno pus as postas de pescada.
Num tacho pus azeite, cebola às rodelas, alho picado, sal e uma pitada de pimenta, deixei refogar ligeiramente, acrescentei 2 tomates bem madurinhos cortados aos cubos e salsa picada deixei ferver durante uns 3 minutos e depois verti este preparado por cima das postas de pescada. Forno a 200 graus, à volta de 45 minutos.
Já que tinha o forno ligado e tinha uma beringela em casa aproveitei para a grelhar e assim complementar a minha pescada.
Cortei a beringela às rodelas e dispu-las num tabuleiro viradas para cima e separadas, temperei cada uma delas com uma pitada de sal, orégãos e por fim reguei-as com um fiozinho de azeite. Levei ao forno e fui espreitando, quando estavam assim a meio gás pareceu-me que estavam a ficar secas, tirei-as e voltei a regar com um fio de azeite. Ao fim de 20 minutos estavam prontas.
Cozi grelos em água e sal que depois acompanharam a pescada e as beringelas.

Conselho de caricácá - as beringelas cozinhadas assim ficam muito macias e saborosas, mas se as deixar arrefecer parecem pastilha elástica e não valem nada

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Cotos de Peru


Não costumo comprar cotos, mas desta vez estavam em promoção, eram frescos, luzidios e em tempo de crise não se limpam armas, comprei 2, pesavam quase 2 kilos e no total não cheguei a pagar 4 euros, fiz bem, pensei.
Cheguei a casa, olhei para os cotos, e agora o que é que eu vou fazer com isto? Será que fiz bem????
Decidi fazer assim uma receita meia inventada a ver no que dava.
Comecei por cozer os cotos na panela de pressão durante 30 minutos depois do pipo rodar, quando os tirei estavam tenros e suculentos, o pior que se pode fazer à carne de peru é cozinha-la de mais, tem tendência para secar, e agora? Bola para a frente que atrás vem gente.
Num almofariz pus 6 dentes de alho generosos, sal, ervas da provence, uma pitada de piri-piri e esmaguei aquilo tudo. Barrei a carne, não sem antes lhe ter dado uns cortes fundos onde pus também parte da mistela, ia acrescentar umas nozes de manteiga mas vi um limão grande na fruteira. oh sorte que estas do meu lado! Cortei-o ás rodelas e depois as meias luas, fui pondo nos cortes que já tinha feito.
Deixei ficar assim a carne durante umas 3 horas. Depois foi só ligar o forno e deixar alourar, atenção, eu disse alourar, ter um ar tostadinho mas mais nada ok? Se não seca!
Acompanhei com batatas fritas e salada de tomate.
Quando pus o prato na mesa estava renitente, será que tá bom? será que fiz bem? Mas bastou-me ver a Ana a devorar a carne para perceber que sim.
Uma invenção a repetir.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

frango com whisky


Esta receita foi-me enviada por email, não resisti...
vale a pena experimentar


Ingredientes:

- 1 garrafa de whisky (do bom, claro!) Cardhu, Monkeys 20 anos, James Martin 30 anos,.Chivas, etc...
- 1 frango de aproximadamente 2 quilos
- sal, pimenta e ervas de cheiro a gosto
- 150 ml de azeite Virgem
- nozes partidas qb

Modo de preparar:

- pegue no frango
- beba um copo de whisky
- envolva o frango com sal, pimenta e as ervas
- barre com azeite.
- beba outro copo de whisky
- Pré - aqueça o forno por aproximadamente 10 minutos.
- Sirva-se de uma boa dose (caprichada) de whisky enquanto aguarda.
- Use as nozes moídas como aperitivo
- Coloque o frango numa assadeira grande.
- Sirva-se de mais duas doses de whisky.
- Axustar o terbostato na marca 3 , e debois de uns vinch binutos,botar para assassinar. - digu: assar a ave.
- Derrubar uma dose de whisky debois de beia hora, formar a baertura egontrolar a assadura do frango.
- Tentar zentar na gadeira, servir-se de uoooooooootra dose sarada de whisky.
- Cozer(?), costurar(?), cozinhar, sei lá, voda-se o vrango.
- Deixáááá o filho da buta do pato no vorno por umas 4 horas.
- Tentar retirar o vrango do vorno. Num vai guemar a mão, garaio!
- Mandar mais uma boa dose de whisky pra dentro . De você,é claro.
- Tentar novamente tirar o sacana do vrango do vorno, porque na primeira teenndadiiiva dããão deeeeuuuuuu.
- Begar o vrango que gaiu no jão e enjugar o filho da buta com o bano de jão e cologá-lo numa pandeja ou qualquer outra borra, bois avinal você nem gosssssssssta muito dessa bosta mesmo.
- Tá Bronto...

domingo, 15 de novembro de 2009

Pudim de atum




Hoje vamos fazer experiências, imagine a cara da malta quando ao jantar lhe apresenta um pratinho de arroz e uma lata de atum. Já tá?
Agora imagine a cara da mesma malta quando lhe põe na mesa um prato com o arroz da foto acima. Já tá?
Que lhe parece? Pois lá está...
A verdade é que isto não passa de arroz com atum, mas maquilhado, por assim dizer.
Faço um arroz de grelos, de cenoura ou de ervilhas( cebola picadinha, azeite, sal, refogo ligeiramente acrescento água, deixo ferver, ponho os grelos, deixo cozer acrescento o arroz, deixo cozer, fim), abro 3 latas de atum, cozo uns ovos, pico uns picles.
Barro uma forma de bolo com margarina, ponho metade do arroz, o atum desfiado e o resto do arroz por cima.
Desenformo, decoro com os ovos cozidos e azeitonas, barro o topo com maionese ( na minha parte não ponho) e por fim espalho os picles picados por cima.
E esta heim!

sábado, 14 de novembro de 2009

Pezinhos de coentrada



Pezinhos é como quem diz porque quem já cozinhou tal coisa sabe que é cá com cada pata, mas prontes! É uma maneira mais delicada de chamar a coisa.
Este não é nem de longe nem de perto um dos meus pratos favoritos, mas o Paulo adora e como é tradicional e tal também tem honras de blog.
Desde tempos imemoriais que a carne de porco é a mais consumida nesta zona e no tempo das vacas magras era uma festa quando se tinha carne à mesa daí a confecção de pratos que por vezes nos parecem estranhos mas que na altura eram a melhor maneira de aproveitar tudo que o animal tinha para dar, até o sangue se aproveita, come-se cozido de azeite e vinagre ou então nas afamadas sopas de cachola.
Os pés não eram excepção, que fazer a tal coisa tão pouco nobre e sensaborona? Juntar-lhes ervas pois claro, ou não estivéssemos nós no Alentejo.
Faço assim:
Peço ao talhante que os parta ao meio. Cozo-os durante mais ou menos uma hora na panela de pressão só com sal, deixo arrefecer e tiro-lhes os ossos, mas não todos, deixo ficar os que têm unha.
Num almofariz esmago 1 alho por cada pé, isto é se tenho 4 pés ponho 4 alhos e por aí, com um pouquinho de sal e alguns coentros.
Ponho um tacho ao lume com 4/5 colheres de sopa de azeite e deixo aquecer, junto a mistura dos alhos e coentros e deixo fritar muito ligeiramente, acrescento 2 colheres de sopa de farinha, mexo bem e vou acrescentando água quente, ( a receita original usa a água onde cozeram os pezinhos, mas eu acho que isto já é gordura a mais) até dar ao molho a consistência que quero, aqui já depende dos gostos, mais ou menos espesso, se quiser mais vá acrescentando farinha, se menos acrescenta-se água. Quando o molho ferve ponho mais uma boa mão cheia de coentros picados, rectifico o sal, junto a carne e deixo apurar.
Para acompanhar cozi batatinhas com a pele que depois descasquei e fritei ligeiramente.
Gostou da ideia? Ainda bem, eu vou só ali abrir uma latinha de atum.

Caril de frango


Num tacho ponho 4 colheres de sopa de azeite, uma cebola picada, um alho picado e uma folha de louro. Quando a cebola começa a ficar transparente junto o frango partido aos pedaços e deixo tostar de todos os lados, atenção é só para dar cor não exagerem no tempo de "tostagem". Assim que o frango estiver tostadinho, retire o tacho do lume e acrescente sal a gosto, pimenta, uma colher de café de piripiri( pode ser em pó ou líquido) e 3 colheres de sopa de caril, misture bem para que todos os pedaços de frango absorvam as especiarias. Volte a por o tacho ao lume, acrescente água quente até metade da altura, tape e deixe estufar. A água vai reduzir até criar um molho castanho, está na hora de acrescentar o leite de côco (compro em lata) e de rectificar os temperos, eu como gosto do carril carregado ponho mais 3 colheres de sopa de caril, mas isso já depende de cada um.
Deixe ferver destapado de maneira a reduzir e a criar um molho cremoso.

Servi com arroz basmati com passas e fatias fininhas de maçã.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sopa de Ervilhas com Presunto



Esta é uma das minhas sopas preferidas, é saborosa, fácil, rápida e uma maneira de fazer sopa se não tiver legumes frescos em casa ou se não lhe apetecer arranja-los, obviamente com ervilhas frescas fica melhor, mas qualquer saquito de ervilhas congeladas serve, poramordedeus não usem de lata, são horríveis...
Descasco 2 ou 3 batatas pequenas, 1 cebola, 1 curgete, 1 chuchu, junto as ervilhas, uma fatia generosa de presunto, azeite e sal (pouco que o presunto já tem) cubro com água e deixo cozer.
Depois de cozido, retiro o presunto e desfaço os legumes com a varinha mágica.
Na hora de servir acrescento pedaços do presunto desfiado e curtons

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Salema com Limão


Se a Salema fosse gente andava num psicólogo, é ostracizada de tal forma que é desconhecida da grande maioria. Chamam-lhe feia, venenosa, desenxabida, vendem-na barata e quase ás escondidas não vá importunar os outros peixes de classes supostamente superiores, muitas vezes nem se dignam a pesca-la, tal é o desdém com que a tratam.

É raro encontra-la à venda, esta comprei-a no Inter.
É verdade que numa determinada altura do ano este peixe é tóxico devido a um tipo de algas das quais se alimenta, nessa altura não se pescam, e sejamos sinceros acham que os hipermercados corriam o risco de vender peixe venenoso? Se está lá é porque se pode comer, não acham?
Muitos desculpam-se que a salema tem sabor a lama, até pode ser, mas eu resolvo isso com o facto tão simples de lhe tirar aquela pele preta que se encontra no interior da barriga, acreditem não dá trabalho nenhum, não custa nada e NUNCA as minhas salemas me souberam a lama.

Umas 2 horas antes de cozinhar, retiro-lhe a pele preta da barriga e barro-a com sal. Passado esse tempo lavo bem com água corrente para retirar o excesso de sal e ponho-a num pirex de ir ao forno.
Num almofariz esmago 2 dentes de alho pequenos com um bom molho de poejos, barro toda a salema com esta mistura, ponho rodelas de limão dentro da barriga e também sobre o peixe, rego com um fiozinho de azeite. Asso durante 1 hora com o forno a 200 graus.
Acompanhei com salada de tomate, mas também fica óptimo com batatinhas assadas ou legumes cozidos.

domingo, 8 de novembro de 2009

Tortulhada


O meu pai era caçador, dos bons. O meu pai não tinha cães. Gostava de caçar sozinho, ser ele a seguir um rasto, esperar pacientemente ao pé de uma toca, descobrir uma lura. Lembro-me da ansiedade que sentia sempre que o sabia na caça, de contar os minutos até à sua chegada, nesses dias televisão e brinquedos aborreciam, a vontade de o ver chegar com a boina de lado, cigarro na boca, a arma ao ombro e na cintura a cartucheira onde pendurava os frutos da sua aventura nesse dia.
Assim que ouvia o carro corria para a porta, abraçava-o, copiava todos os seus passos e não o largava enquanto não me dizia tudo o que tinha feito e visto nesse dia, mais importante do que os animais que trazia eram as histórias que me contava, as crias que tinha visto, os caminhos que tinha percorrido, onde tinha comido a "bucha", que muros saltara e finalmente contava-me como tinha morto o que trazia e me explicava que matar assim parecia cruel, mas que era a lei da vida desde que o "bicho homem" se ergueu em 2 pernas, temos que comer, dizia, e não podemos ser cobardes ao ponto de pensar que só aos outros cabem os trabalhos sujos.
Desta forma ensinou-me a respeitar tudo o que ponho na boca, falava-me de tempos idos, para mim tão difíceis de entender, em que neste Alentejo muitas vezes padrasto os homens tinham que deitar mão ao que a pobre terra dá para poderem sobreviver.
Adorava os dias de caça e todas as histórias que eles me proporcionavam, ainda me lembro da raiva que sentia quando na escola tinha que escrever redacções contra os caçadores.
Perante este quadro podem imaginar como me senti quando um dia, meio a rir, meio a brincar o meu pai me perguntou se queria ir à caça com ele.
Pulei, gritei e beijei toda a gente perante o ar de pânico da minha mãe e o ar aparvalhado do meu irmão, devia ter ai uns 10 anos, não tenho a certeza do ano, mas nunca me esquecerei do dia, 1 de Novembro.
O prometido lá teve que ser devido e eu fui à caça, o combinado é que eu era o cão, ou seja o meu pai matava e eu ia buscar. Bem, foi como se me tivessem levado a um qualquer parque temático ( luxos que não existiam nessa altura), quem vive nas cidades tem a ideia que a malta que vive no interior nasce no meio do mato, logo tem um conhecimento intrínseco de tudo o que no campo se passa, como se enganam, pela primeira vez respirei aquele friozinho das manhãs de Novembro, pisei lama, mas lama a sério, ouvi sons que nunca tinha ouvido, comi pão e chouriço com as mãos sujas e admirem-se, até bebi água num regato...
A caça nesse dia não deu frutos, já se esperava dizia o meu pai a rir-se, com uma tagarela barulhenta por companhia afugentava tudo num raio de pelo menos 5 Km.
Mudamos então de rumo, de caçadores passámos a recolectores e fomos apanhar tortulhos.
Nesse e em muitos outros dias que se seguiram aprendi a diferenciar os bons dos maus e mais tarde aprendi também a apanhar túbaras, mas isso é história para outro dia.
Hei-de associar sempre os tortulhos ao meu pai. Também foi ele que me ensinou a cozinha-los alguns anos depois.
Há que tempos que não os comia, apesar de os saber apanhar, não faço a mínima ideia onde procura-los e pelo menos cá na terra quem os apanha é quem os come, não se comercializam. Com o tempo fui-me esquecendo do sabor deste petisco e até da sua existência.
No passado dia 1 de Novembro, ofereceram-me um saco com tortulhos, os meus olhos brilharam, não conseguia parar de sorrir, do alto dos meus 38 anos parecia uma criança numa loja de doces, ganhei o dia nesse saco de tortulhos.
Obrigada Francisca!

A receita é muito simples:

Fiz um refogado leve com azeite, cebola e alho picados aos quais acrescentei cubinhos de chouriço, estes são dispensáveis, mas apeteceu-me. Juntei os tortulhos cortados ás tiras, estes eram grandes, os pequenos ponho-os inteiros e uma folha de louro.
Como todas os fungos desta família os tortulhos são compostos essencialmente por água, logo não é preciso acrescentar, assim que começam a aquecer começam a largar liquido, deixei-os estar assim na sauna durante uns 3 a 5 minutos, temperei com sal e acrescentei uma mão cheia de miolo de pão desfeito em migalhas, incorporei bem e juntei os ovos previamente mexidos, fui mexendo bem até os ovos cozerem. Retirei do lume e polvilhei com salsa.
Não me soube a pato, soube-me a caviar!

sábado, 7 de novembro de 2009

Chispe com feijão branco


Mais uma comida de sustança, mais um prato de Inverno, o chispe não é muito saudável e todos sabemos o que as leguminosas nos fazem ao cólon, ainda assim, de vez em quando não é de crucificar ninguém.

Começo por cozer o chispe e um chouriço na panela de pressão, antes pico o chouriço com um grafo para não rebentar, desta vez esqueci-me de o comprar, logo esta chispalhada ficou mais pobrezinha, mas estava boa na mesma.
Depois de cozidos corto o chouriço às rodelas, retiro as carnes dos ossos e corto em pedaços.
Na mesma panela onde cozi as carnes, não é por nada, só mesmo por uma questão de poupança na lavagem da loiça, ou melhor, para me poupar a mim porque sou eu que a lavo. Mas se for purista ou masoquista pode sempre usar outra panela ou tacho qualquer, dizia eu , na mesma panela ponho uma cebola picada e um pouco de azeite, deixo refogar, junto-lhe umas 5 colheres de sopa de polpa de tomate ou se tiver 2 tomates bem madurinhos picados e 6 ou 7 pés de hortelã, deixo ferver ligeiramente, junto a carne e 2 ou 3 frascos de feijão branco já cozido com o molho e tudo. Acrescento mais um pouco de água, rectifico o sal e deixo ferver durante uns 15 a 20 minutos para misturar os sabores e engrossar o molho.
Pode acompanhar com couve coração de boi cozida na água onde cozeram as carnes.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Picanha grelhada


O que é chato na picanha é que, pelo menos aqui por trás do sol posto, temos que comprar uma peça inteira, não dá para comprar 1 kg agora e o resto mais tarde, compramos a peça e pronto.
Já que assim é, e para castigo, eu chateio sempre o tipo do talho para a partir, ora toma!
Quando chego a casa divido a carne para várias refeições e congelo.

Num almofariz esmago alho com um pouco de sal e tempero as fatias de picanha com esta mistura pelo menos 2 horas antes de as grelhar.
O truque é deixar aquecer bem a grelha para que a picanha receba um "choque" de calor, assim fica tostadinha por fora e mal passada, mas não crua, por dentro, a meu ver é assim que ela é mais saborosa, tente virar a carne só uma vez e ao fazê-lo não a pique, vire-a com pinças para que não perca os sucos.

Para acompanhar faço um arroz branco simples, e abro uma lata de feijão preto já cozido que me limito a aquecer.
Mais fácil é impossível!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Coração de cebolada


Boas noticias mulherada, a carne de coração é saborosa, macia e ainda por cima tem baixíssimas percentagens de gordura. Eu sei! São vísceras, mas e o fígado, não é também e nós não o comemos? E o tão adorado sarapatel é feito de quê?
Agora deixem-se de frescuras e tá a cozinhar esta carne que é boa, barata e não engorda.

Corte a carne em fatias finas e umas horas antes faça uma marinada com alhos picados, sal, pimenta, uma folha de louro e vinho branco.

Para começar descasque uma cebola de bom tamanho e corte-a às rodelas, coloque-a num tacho com um pouco de azeite e deixe refogar ligeiramente, já esta? Ok agora ponha 3 a 4 colheres de polpa de tomate e junte a carne com a marinada e tudo. Tape. Ponha o fogão em lume brando e deixe cozinhar até o coração estar tenro, mais ou menos 1 hora. Se vir que o molho está a secar pode acrescentar uns golinhos de vinho branco.
Servi com puré de batata e azeitonas de Elvas.

sábado, 31 de outubro de 2009

Patê de Atum


A minha Chefa ensinou-se a fazer este patê que faz as delicias de todos (principalmente da Sofia, a minha cunhadinha mais linda), e é super simples.
Abro, escorro, retiro e desfaço, esmago, pico, sodomizo o atum de uma lata, junto uma cebola muito bem picada, praticamente feita em papa, 1 colher de mostarda, orégãos a gosto e maionese (light, por causa das dietas).
Depois de tudo bem misturado, é só pôr num recipiente bonito, rodear de tostinhas e ver o sucesso que faz.
As minhas festas ficaram mais saborosas.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Sopa de Agrião


Descasquei: 3 batatas grandes, 1 nabo, 1 pedaço de curgete, 5 cenouras e 1 cebola, cortei tudo aos pedaços e panela com eles, juntei 3 ovos com a casca, cobri de água, temperei com sal e um fio de azeite, levei ao lume até os legumes estarem cozidos que é coisa assim para uns 30 minutos. Passado este tempo retirei os ovos e com a varinha mágica desfiz a base da sopa, acrescentei os agriões e levei ao lume até estes estarem cozidos.
Descasquei, piquei os ovos que juntei à sopa na hora de servir

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pernas de frango com sopa de cebola e natas


Mais uma daquelas receitas de dias de pressa, mas não se deixem enganar pela simplicidade deste prato, o sabor é suave e agradável. Cá na minha cabana nunca se aborrecem de comer o frango assim e por vezes até o pedem, eu fico arreliada porque dá uma grande trabalheira, lol.
Desta vez fiz só com pernas, mas o usual é fazer com um frango inteiro.
Parto e tiro a pele a um frango com mais ou menos 1,200kg, ponho-o num tabuleiro que possa ir ao forno, por cima despejo uma embalagem de sopa de cebola, sim, sopa de cebola daquelas em pó, 1 pacote de natas e a mesma medida de água. Misturo tudo muito bem e vai ao forno durante uma hora.
Acompanho com arroz branco, batatas fritas ou até mesmo só com salada.

Dica de poupança: a sopa de cebola da marca dia é muito mais barata, a diferença de preços chega a ser de 1 euro e o resultado é o mesmo

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Salsichas com massa folhada ou a nossa versão caseira porquinhos com cobertor


Mais que uma receita, este post é uma ideia
Leve as crianças para a cozinha, divirta-se, faça o lanche ou um jantar leve e aproveite para lhes incutir que cozinhar é divertido.

Necessitamos de:

- Massa folhada
- Salsichas
- 1 Ovo
- Papel vegetal para forrar o tabuleiro

Comece por cortar as salsichas ao meio, assim os porquinhos ficam mais pequeninos e simpáticos, corte também pequenos quadrados de massa folhada.
Enrole as salsichas partidas nos quadrados de massa, pincele com o ovo batido e ponha no tabuleiro.
Vai ao forno até a massa ter um ar douradinho, 15 minutos no meu.

Pode fazer-se também folhadinhos com fiambre, queijo, doces, fruta... dê largas à sua imaginação.

domingo, 25 de outubro de 2009

Lombinhos de porco no tacho


É certo e sabido que cá em casa somos todos (vá todos não, a Ana é uma chata) de alimento, logo para os 4 costumo fazer 2 lombinhos mas se os comprar no talho dos espanhóis tenho que fazer 3, não sei se os porcos dos hermanos são mais pequenos ou se cortam o bicho de forma diferente, mas, a verdade é que são sempre mais acanhados que os nossos.
Pego na chicha e de véspera tempero-a com alho, sal, louro e uma dose generosa, para ai 1 dl, de vinho branco e assim sem mais nem ontem, deixo-a dormir descansada.
Num tacho ponho 4 ou 5 colheres de sopa de óleo, deixo aquecer, ponho lá os lombinhos inteiros e a marinada, Tapo. Quando a carne já tem aquela cor esbranquiçada, viro-a e vou fazendo isso até ter toda a carne da mesma cor. Assim que isto acontece, tiro-a do lume e corto às fatias, a parte de dentro costuma estar ainda bastante crua.
Volto a pôr a carne, desta vez às camadas, no mesmo tacho onde tenho ainda o molho da marinada e volto a tapar. Vou controlando para não secar e mexendo de vez em quando faço, uns 15 minutos depois destapo o tacho, nesta altura já a carne está no ponto e deixo ferver mais um pouco para reduzir o molho.
Retiro a folha de louro e sirvo com puré de batata.

Para o puré: descasco as batatas e cozo-as em água e sal, assim que estão cozidas passo-as pelo passe-vite ou esmago-as com um garfo, depende dos dias, acrescento manteiga derretida bato vigorosamente e depois se o quero mais cremoso vou pondo leite quente até atingir o ponto. Tempero com sal e pimenta, antigamente também temperava logo com noz moscada mas como a Ana não gosta nós depois pomos a noz moscada no prato e até fica mais bonito.

Dizem os entendidos que, para se obter um puré de batata liso e sem grumos, a batata não pode arrefecer entre as várias operações da preparação do puré.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Entremeada no forno


Em tempos que já lá vão era hábito nas famílias mais pobres da Vila comerem como complemento da ceia de Natal o que chamavam de "Marrã". Esta era assada, raras vezes no forno, e muitas vezes directamente nas brasas que se iam buscar ao madeiro comunitário, madeiro esse que ainda hoje se acende.
Porquê marrã? Porque eram as tiras de entremeada da barriga onde por vezes se vêem as maminhas, o nome pegou e ficou.
Hoje os tempos são outros e embora já não faça parte da ceia de Natal, continua a ser uma carne tão saborosa como prejudicial. Mas um dia não são dias.
Faço-a da seguinte maneira:
Compro a entremeada não às tiras mas uma peça inteira, se preferir também pode usar entremeada com entrecosto.
No almofariz ponho uma quantidade generosa de alho, sal e 1 pitada de pimentão. Esmago tudo. Barro bem a carne, faço-lhe uns cortes e introduzo esta mistura também nos cortes, rego com bastante sumo de limão e aproveito as cascas do mesmo para rodear a carne (tudo dá gosto), polvilho com ervas da provence, são fáceis de encontrar nos supermercados, mas pode substituir por alecrim.
Vai ao forno a 200 graus, durante duas horas, a meio viro a carne e vou sempre regando com o molho que se forma.
Quando pronta deixo repousar uns 20 minutos e depois corto às fatias. Se necessário ponho no forno um pouquinho mais, mas cuidado para não secar.
Acompanhei com salada de agrião e pão.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sopa de grão com ossos à moda da vila


Leva grão, leva massa, leva nabiças e carne. É uma sopa de inverno, aconchega o estômago e reconforta a alma, ideal para os dias frios que se aproximam.

Descasco 2 batatas, 1 nabo e uma cebola todos de tamanho médio, coloco-os na panela de pressão juntamente com dois frascos de grão cozido, esta vai ser a base da sopa, por cima ponho o cesto dos vegetais onde coloco mais um frasco de grão, folhas de nabiça devidamente arranjadas e ossos de suã (encontram-se facilmente no talho e o nome é mesmo este) ou á falta destes ossos da espinha, tempero com sal, ponho azeite cubro tudo com água, tapo bem a panela e levo ao lume durante 15 minutos depois do pipo rodar.

Numa panela à parte ponho água e sal e assim que começa a ferver coloco a massa a cozer, costuma ser feito com "manga de capote" mas qualquer uma serve desde que seja grande.

Assim que a sopa está cozida começa a "montagem", ponho os ossos num prato á parte, junto a nabiça e o grão que estavam no cesto dos legumes à massa que já está cozida e escorrida. Com a varinha mágica desfaço a base da sopa e junto tudo, por fim viro-me para os ossos, tiro-lhe a carne que tento desfiar em pedaços pequenos, também ela vai para a panela ou então se preferir pode servi-la á parte.

Como já referi faço sempre sopa para mais do que uma refeição esta dá para 2 dias mais ou menos, se se enjoar e não quiser estar sempre a comer mesma sopa tem dois remédios, ou faz menos quantidade ou congela.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Haja Marmelos!


O importante é que sejam bons, maduros o suficiente, com bom tamanho e boa cor.
Lá está, cada vez que se vêem marmelos assim no que é que se pensa logo?
- Marmelada!!!
Errado, cá em casa ninguém gosta de marmelada, da de marmelo, claro está, que fazer então com aquelas coisas madurinhas e apetecíveis, mas que por si só... enfim, não chegam?
Olha, e que tal dar-lhes uma volta para começar?
Está decidido, descasco-os suavemente, recuso as grainhas, pouso-os delicadamente numa taça.
Entretanto vou trabalhando um molho doce, ponho ao lume uma panela com água, junto açúcar e canela e já me sinto a aquecer. Assim que ferve, acrescento a fruta e deixo cozer até ficar ao meu gosto.
Comem-se quentes, frios, devagar ou com mais vigor, no quarto, na cozinha, sentado ou em pé, enfim deixo à imaginação de cada um.

domingo, 18 de outubro de 2009

Caldeirada de lulas



Cortei às rodelas, lulas, batatas e tomate.
Cortei pimento às tiras.
Cobri o fundo de um tacho com azeite e fiz uma camada de cebola, depois uma camada de tomate, o pimento e por fim as lulas. Juntei um raminho de salsa mas atado para depois o poder tirar, 1 dl de vinho branco e umas folhas de poejo, temperei com sal, acrescentei um copo pequeno de água, tapei e deixei estufar.
Quando as lulas estavam cozidas, juntei as batatas e como as lulas encolheram que se fartaram, pus também umas delícias do mar para disfarçar a coisa, mas estas não fazem parte da receita.
Deixei cozer as batatas até passarem um pouco do ponto para assim engrossarem ligeiramente o caldo, tirei a salsa e...
Babem-se que eu vou para a mesa!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Carne guisada com esparguete


Cada vez que faço este prato lembro-me da "comida de estudantes", não é que eu tenha ido estudar para fora, o máximo que fiz foi passear os livros até Portalegre, mas conheci muita gente que estava a estudar longe de casa, fui convidada para com eles partilhar inúmeras refeições e volta que não volta lá aparecia o esparguete guisado, umas vezes com atum outras com salsichas e cenouras ou mesmo só com cogumelos ou chouriço e que bem que nos sabia. O dinheiro era pouco logo os ingredientes tinham que ser baratos, para disfarçar juntavam-se ervas, mas o que interessava era que enchia a barriga e ainda sobrava guito para o tabaquinho e as bejecas...
Esta é uma variação do esparguete de outros tempos, um pouco mais elaborado, com mais proteínas, mas ainda assim bastante saboroso.
Cozo a carne (usei vitela) na panela de pressão só com sal, deixo arrefecer, parto aos cubos. Guardo a água da cozedura.
Pico uma cebola finamente e ponho a refogar com um pouquinho de azeite, acrescento uma folha de louro, salsa picada, 2 tomates madurinhos picados ou 1 dl de polpa de tomate, acrescento a carne e uma parte da água onde esta cozeu, rectifico o sal, quando começa a ferver junto o esparguete e deixo cozer. Não sirvo logo, espero uns 10 minutinhos, pois eu sei isso não se faz com as massas, mas deixem ficar o esparguete a absorver os sabores todos do caldo e depois a gente fala.
Já no prato, salpico com queijo ralado.
Ai que saudades!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Salada russa de pescada


Cozi batatas com a pele, deixei arrefecer e depois cortei aos quadradinhos.
Descasquei cenouras que cortei em pequenos cubos e cozi-as em água e sal, juntamente com ervilhas congeladas e ovos com a casca. Se quiserem em vez de ervilhas podem usar feijão verde ou até mesmo juntar os dois.
Num tacho à parte cozi a pescada, como é para desmanchar podem comprar rabos que são mais baratos e ninguém nota a diferença.
Numa taça coloquei as batatas, as cenouras e as ervilhas já cozidas, retirei a pele e as espinhas à pescada mas sem a desfazer demasiado, misturei tudo, descasquei os ovos e decorei a taça com os ovos partidos aos quartos.

Agora a dôr de cabeça, o tempero:
Obviamente assim não sabe muito bem, o que se passa é que uns gostam com azeite e vinagre (eu) outros querem maionese (a Ana) outros é para onde vira o vento.
Quando temperava tudo havia sempre alguém desconsolado, assim, resolvo o assunto levando tudo para a mesa e cada um tempera como quer ( costumo ser eu a temperar os pratos todos, o que só me dá mais trabalho, mas assim não os ouço a reclamar. Oh! gosto mais com maionese! Olha hoje apetecia-me só de azeite e vinagre! Oh mãe, fazes sempre ao contrário!... isto cansa).

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Frango assado à Italiana


Descasco 2 cebolas e 3 batatas grandes, corto as cebolas em fatias grossas e as batatas em gomos, tempero com sal, pimenta, azeite e tomilho.
Coloco num tabuleiro com um meio copo de vinho branco e vai ao forno durante 20 minutos.

Tempero também o frango com tomilho, sal, pimenta e azeite.

Passados 20 minutos, junto o frango aos vegetais e volta ao forno durante mais 40 minutos.
Durante a assadura vou sempre regando com o molho que se forma.
Esta receita também fica deliciosa se feita só com as pernas do frango

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dourada grelhada com molho de poejos


Umas horas antes faço-lhes uns cortes na pele e tempero com sal e umas gotas de limão.
Antes de colocar as douradas a grelhar pincelo-as com azeite para que se colem menos à grelha e assim também evita que sequem em demasia.
Quando tenho que as virar, utilizo sempre uma espátula e vou descolando aos poucos, para não se desmancharem.
Deixo grelhar 7 ou 8 minutos de cada lado, dependendo da espessura do peixe.
No almofariz ponho 1 alho pequeno, umas areias de sal ( pouco, só para ajudar a pisar) e uma boa mão cheia de poejos. Esmago bem até ter uma papa consistente.
Ponho a papa de poejo numa molheira, acrescento-lhe azeite e sumo de limão, mexo bem até estar tudo misturado.
Este molho vai temperar tanto a dourada como os brócolos cozidos que fiz para acompanhar.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ervilhas com ovos escalfados


Esta é daquelas receitas que faço quando me esqueço de descongelar alguma coisa para o jantar e chego tarde a casa e tenho a malta a olhar para mim de lado porque já está quase na hora de jantar e não se vislumbra comida no horizonte.

Cada um faz à sua maneira, a minha é simples, prática e rápida como quase todas as minhas receitas.

Começo por fazer um refogado leve, com a cebola e o azeite, assim que está pronto junto-lhe um dente de alho picado e assim a olho um dl de polpa de tomate, deixo ferver ligeiramente e junto as ervilhas e um chouriço cortado às rodelas, tapo com água, tempero com sal (pouco que o chouriço já é salgado e é mais fácil acrescentar que tirar) e deixo cozer por uns 30 minutos em lume forte.

Findo este tempo abro os ovos e coloco-os a escalfar nas ervilhas, 10 minutos e está pronto.

Acompanho com batatas fritas.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Bacalhau à Brás


O costume demolha-se o bacalhau, vão-se mudando as águas e coisa e tal.
Depois de demolhado, escalda-se o bacalhau, tiram-se a pele e as espinhas e desfia-se
Corta-se a cebola ás rodelas.
Ralam-se as batatas em tiras finas e fritam-se em óleo bem quente. Tá bem abelha! Caí neste erro uma vez mas nunca mais me enganam, uso batatas palha compradas no supermercado.
Cubro o fundo de um tacho com azeite, coloco lá as cebolas e alho picado até a cebola ter um ar transparente, assim que isto acontece junto o bacalhau e deixo ficar até enrijecer e ganhar uma corzita, junto as batatas e misturo tudo o melhor que posso, volta para cá, volta para lá, lá vai um bocado pró fogão, bolas tenho que arranjar um tacho maior, mais uma volta...
Enquanto eu me divirto a fazer o bacalhau andar de carrossel o Paulo bate os ovos e tempera-os com sal e pimenta, dá-mos e eu deito-os gentilmente sobre o bacalhau, começa de novo a festa e desta vez sem intervalos, volta pra cá, volta pra lá até os ovos coagularem, mas cuidado para não deixar secar demais.
Polvilho com salsa picada, acompanho com azeitonas e salada.
Sirvo imediatamente.

Digam o que quiserem, chamem-me nomes, eu sei que não é, mas para mim este é que é o verdadeiro bacalhau dourado!