terça-feira, 7 de setembro de 2010

Feira Medieval / Viver a História 2010



A quem nos deu força e empurrou para a frente…
A quem nos ajudou com trabalho, palavras, empréstimos…
A quem provou os nossos petiscos…
A quem nos criticou e assim nos deu ainda mais vontade de continuar…
A quem acreditou que seriamos capazes…
Ao Núcleo Sportinguísta de Castelo de Vide, Casa do Povo, Sr. Costa e Zé, Conchinha, Tininha, Tiago, Neves…
OBRIGADO!
Correu bem :P
Sofia, Teresa, Rui e André sem vocês não seria possível!

PS: e como dizia o maluco do André: ‘ Vão por mim que eu sou um burro’

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Truques e dicas


O forte odor que o repolho emana ao ser cozido, razão da repugnância que desperta em muita gente, deve-se à presença de enxofre.
Para eliminar o odor de enxofre do repolho, basta deixar a panela destapada durante a cozedura.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Lulas grelhadas





Ele há dias! Não me apetecia fazer nenhum mas estava morta de fome, olhei tristemente para as lulas que eram para sair recheadas e pensei de mim pra comigo - - "és mesmo totó maridaglória, isto ainda dá trabalho e agora? Lulas... Quem se lembra de fazer lulas recheadas a meio da semana? Tás cada vez mais dahhhh... ainda podíamos disfarçar com uma caldeiradazita mas comemos à pouco tempo, era de peixe, mas vai dar ao mesmo... e feijoada? Não me apetece! Ora bolas, o que faço a esta treta????"
Fui fumar um cigarro a ver se me chegada a inspiração e passava a fome.
Continuei com fome, mas surgiu uma lâmpada no alto da cabeça e um sorriso assustador nos lábios... corri para a cozinha, puxei da chapa de grelhar e pus no bico do fogão, sem azeite nem nada, salguei as lulas que já estavam devidamente limpas e amanhadas e assim que apanhei a chapa quente zás atirei-as lá para cima sem dó nem piedade...
Fui à despensa, sorriso de orelha a orelha, tinha batatinhas novas. Oh sorte que não me abandonaste! Lavei-as bem e pu-las a cozer com a pele.
As lulas grelharam, as batatas cozeram.
Descasquei as batatas, salpiquei-as muito ligeiramente com paprica e sal fino, arrumei-as numa travessa e pus a lulas ao lado a descansar.
Derreti margarina para culinária (uso de soja sem colesterol) juntei-lhe sumo de 1 limão grande e reguei as lulas e as batatas com esta mistura.
Rápido, saudável e saboroso.
Ainda me perguntaram:
- Então mas não ias rechear as lulas?
- Eram muito pequeninas, não ficavam nada de jeito...

terça-feira, 30 de março de 2010

Feijoada






A história da cozinha é muitas vezes uma história de pobreza e luta, onde a perícia do cozinheiro é que torna a comida especial.
A feijoada é um bom exemplo disso, com as partes menos nobres da carne de porco e alguns enchidos faz-se um prato delicioso.
Se quiser ser purista, comece por por o feijão de molho de véspera, cozendo-o depois em água com sal, um fio de azeite e uma cebola com uns cravinhos da índia espetados, eu tenho mais que fazer e uso feijão de lata já cozido.
Numa panela grande ponho uma cebola picada grosseiramente, 2 dentes de alho picado, um tomate sem pele nem grainhas e azeite. Faço um refogado leve, junto uma folha de louro e finalmente a carne, usei um chispe de porco, entrecosto e chouriço que tive o cuidado de picar com um garfo antes para não rebentar. Tapei tudo com água, temperei com sal e deixei cozer até a carne ficar bem tenrinha.
Retirei grande parte do caldo da cozedura das carnes e utilizei-o para cozer repolho.
Parti a carne aos pedaços, o chouriço ás rodelas e voltei a por tudo na panela, juntei-lhe o feijão escorrido ( usei manteiga) deixei ferver até o molho engrossar ligeiramente.
Servi com o repolho cozido e arroz branco.
Coisas de gente maluca - A mim a feijoada sabe-me sempre melhor no dia seguinte

sexta-feira, 19 de março de 2010

Pipis




Mais uma receita de tasca, mas o que se há-de fazer, está-me no sangue.
Os pipis servem mais como entrada ou como petisco do que para uma refeição, mas quem não sabe o que é o prazer de comer um lanche ajantarado, descontraído e com boa companhia?
Os meus pipis ( que frase tão estranha, acho que havia um blog pouco recomendável que se chamava assim) são feitos só com as moelas do frango, a tradição manda usar também o coração e o fígado, mas como eu não gosto mando a tradição às urtigas e faço como me agrada.
Ponho um tacho ao lume com cebola, dentes de alho bem picados e azeite, deixei refogar e adicionei 1 folha de louro, tomate bem maduro picado e sem pele nem sementes e para dar aquele toque um poucochinho de piripiri, deixei ferver, juntei-lhe as moelas, adicionei vinho branco mas pode ser cerveja se preferir, temperei com sal, tapei o tacho e deixei cozinhar em lume brando até as moelas estarem tenrinhas.
Servi bem quente com picles picados( às vezes uso salsa) por cima e uma fatia de broa de milho a acompanhar.

Truque de esperteza saloia : Detesto quando as moelas ficam rijas, para mim é sinónimo de intragável, então, cozo-as na panela de pressão durante uns 10 minutos depois de começar a apitar, depois sigo todos os procedimentos acima referidos, assim, nunca seca o molho e ficam sempre no ponto.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Cozido à Portuguesa


Quem mora em Castelo de Vide sabe que não vale a pena fazer este prato pois um dos nossos restaurante mais famosos tem-no como prato do dia todas as quintas-feiras, quem conhece sabe que a quantidade é generosa o preço é em conta e é muito saboroso, mas... só às quintas.
Se ficou com água na boca fique sabendo que o melhor é encomendar de véspera ou fica a vê-lo passar, foi o que me aconteceu... triste, triste, decidi que se não o comia na quinta comia no sábado, mas claro tive que o fazer...
Demora um bocadinho porque os ingredientes têm vários tempos de cozedura, mas não dá grande trabalho e é ideal para quando há muitos comensais.
Numa panela grande pus carne de vaca para cozer (usei Acém), um pedaço de frango, 1 pé de porco, 1 pedaço de chispe, 1 orelha, 2 fatias de entremeada, 1 chouriço, 1 morcela e 1 farinheira, temperei com sal (pouco que os enchidos já têm) e um fio de azeite e deixei cozer. Fui tirando as carnes à medida que iam estando no ponto ( primeiro os enchidos, dei especial atenção à farinheira pois tem tendência a abrir, depois o frango, a carne de porco e por fim a de vaca).
Na mesma água e panela (YUPIIII) e já depois de retiradas as carnes pus a cozer, cenouras, nabos, batatas e couve coração de boi.
Aproveitei ainda parte da água de cozer as carnes para fazer arroz assim a modos que branco.
No fim resta partir as carnes e servir acompanhada com os legumes e o arroz. Soube-me a pato.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Polvo de vinagrete





Se já cozinharam polvo já sabem que "encolhe", ainda que o compre fresco e lhe digam que são 2 kg depois de cozer parece que tem lá 500g, se acaso se esqueceu deste pequeno pormenor, como é o caso de muito boa gente (olhos postos no chão, cara corada de vergonha) e o bicho não dá para a refeição de toda a malta, não desespere, telefone para a telepizza e faça esta entradinha para salvar a honra do convento.
Ora bem, já temos o polvo bem tenrinho porque cozeu durante 1 hora na panela de pressão depois do pipo começar a rodar, nesta altura a sua única companhia eram algumas pedrinhas de sal e uma cebola com uns cravinhos da índia espetados.
Deixe arrefecer o bicho e corte-o em pedaços pequenos, disponha-os numa taça.
Pique grosseiramente uma cebola ou corte ás rodelas se preferir, pique também cebolinho e 1 dente de alho, junte os picados ao polvo, regue com o sumo de um limão pequeno,acrescente uma pitada de sal e azeite e vinagre a gosto.
Eu gosto bem avinagrado, o Paulo não, tenho sempre que avinagrar o meu no prato.
Mexa bem e guarde em local fresco.
Na hora de servir polvilhe com uma quantidade generosa de salsa picada.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Truques e dicas


Para descascar os ovos cozidos com facilidade, na água em que os cozinhar, depois da água ferver, acrescente sal, aí descasque-os debaixo de água fria. A casca se solta com muita facilidade, sem perder o formato do ovo. Para manter a gema no centro da clara, use uma agulha de costura e dê um furo no ovo, antes de colocá-lo a cozer.

domingo, 7 de março de 2010

Tacos




Comprei as tortilhas já feitas porque não sei, nem tenho a mínima vontade de saber como se fazem. Existem à venda cruas ou já assadas, as minhas eram das últimas, por essa razão e para ficarem mais moles tive que as aquecer durante um minuto no microondas antes de as rechear.
Em relação aos tacos propriamente ditos, não deve ser bem assim que se fazem, fui-os fazendo de lembranças, mas no fim souberam-me muito bem e isso é o que me importa.
Numa frigideira antiaderente pus uma cebola muuuuuuuito bem picada e 1 dente de alho nas mesmas condições, juntei um pouco de azeite e deixei refogar até que a cebola estivesse transparente, juntei-lhe a carne picada (usei de vitela) e deixei alourar, juntei-lhe umas gotas de piripiri, pimenta, sal, uma colher de sopa de concentrado de tomate, não, não é polpa é mesmo concentrado e meio copo de vinho branco, deixei ferver destapado até o liquido reduzir, mexendo de vez em quando, quando estava quase seco misturei-lhe duas colheres de natas para culinária e deixei ferver mais um pouco, até obter um molho cremoso.
Cortei tomates e pepino aos cubinhos, alho francês às tiras, abri uma lata de milho já cozido.
Aqueci as tortilhas, barrei-as com maionese (originalmente põem-se natas azedas, mas eu não consegui encontrar), recheei-as com a carne e os legumes.
Acompanhei com azeitonas verdes de elvas e uma cervejola fresquinha.
Soube-me a Verão.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Pá de porco na panela




Comprei uma das grandes porque a minha malta é de alimento e se sobrar é excelente para fazer pastéis de carne.
Com a crise tem que se pensar em tudo.
Pus a pá na panela de pressão com água e sal, deixei cozer durante 30 minutos depois do pipo começar a rodar.
Deixei arrefecer e parti a pá em pedaços grandes, assim um tamanho que me parecia suficiente para uma pessoa mas também podem optar por cortar ás tiras e voltei a pô-la na panela, juntei-lhe 2 cebolas cortadas às tiras, 3 dentes de alho picado, sal, pimenta, salsa picada, 1 folha de louro,1 copo de azeite, meio litro de vinho branco e água até tapar a carne.
Pus a panela destapada em lume forte e deixei ferver até o caldo reduzir bastante, demorou cerca de 40 minutos, durante esse tempo fui mexendo de vez em quando para a carne não se agarrar.
O caldo reduz a um ponto em que parece só ter azeite, nessa altura está na hora de desligar o fogão.
Acompanhei com esparguete e salpiquei com salsa.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sopa de Feijão Verde com Segurelha


Com o frio e chuva não há nada melhor que estar em casa no quentinho a comer uma sopinha reconfortável, acreditem até faz esquecer os pés frios do dia inteiro, o guarda-chuva partido e a molha que se apanhou e não dá trabalho nenhum.
Ok! O feijão dá um bocadiiiiiinho de trabalho a arranjar mas nos dias de maior preguiça podem sempre compra-lo já cortado.

Numa panela ponho: batatas, cenouras, 1 cebola e 1 tomate pequeno maduro, junto água e sal, deixo cozer e reduzo a puré.
Volto a pôr a panela ao lume desta vez já com o feijão verde cortado fininho, deixo cozer até o feijão ficar "al Dente" mas isso já é uma questão de gosto. Assim que o dito está cozido junto as folhinhas de segurelha, tempero com sal e deixo estar mais uns 2 minutos a ferver.
Experimentem e depois digam qualquer coisinha.

Nota de caricácá - se não gostar do sabor da segurelha pode usar folhas de hortelã picadas.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sarapatel em Fevereiro, será pecado?


Pois... Eu sei...é um prato que se come só no Domingo de Páscoa, mas o que fazer? Estive durante 35 anos à espera dessa altura para o comer ( talvez não tantos, em miúda o aspecto repugnava-me e não havia quem me fizesse engolir tal coisa) e agora que já sei fazer, graças à mãe do Paulo, volta que não volta lá vem o sarapatel.
Cá em casa adoramos e fazemos desta sopa ( que é disso que se trata) uma refeição completa.
Adiante!
A dificuldade deste prato é nula, o pior é encontrar os ingredientes, mas como é coisa tradicional cá da terra, ainda se vão tendo uns "contactos" que nos vendem as "fressuras". No talho só por encomenda.
Estas que aqui vêem foram-nos oferecidas pelos tios Fatinha e Vitinho ( quem os quer bons arranja-os) tal como o resto do borrego e assim ainda nos soube melhor.
Ok! Vamos começar!
Muna-se de uma faca bem afiada e uma grande dose de paciência, as carnes têm que ser cortadas bem miudinhas, quadradinhos do tamanho de uma unha (das pequenas, lol) é o ideal.
Assim, migam-se o fígado, os pulmões e o coração, estas são as fressuras normais, mas também pode e deve acrescentar a língua e os rins do animal, para enriquecer ainda mais esta sopa é costume juntar-se uma parte das abas do borrego cortada em pedaços pequenos e um ou dois molhinhos (rolinhos das tripas).
À parte coza o sangue dentro de um saco de plástico, numa panela com água, durante mais ou menos 20 minutos. Se comprar a carne no talho o sangue já vem cozido e costuma ser de porco o que não afecta grandemente o resultado final.
Na panela de pressão ponha:
_ azeite
_ cebola picada
_ alho picado (1 dente)
_ salsa
_ hortelã ( 1 ramo generoso)
_colorau (pouco)
_ cravinho (2 cabeças)
_ sal
Eu ponho também uma colher de sobremesa de cominhos mas não é tradicional.
Assim que a cebola ficar translúcida acrescenta-se a carne, refoga-se ligeiramente, cobre-se com água e coze à pressão durante uns 20 minutos.
Passado esse tempo abra a panela e junte ao resto o sangue já desfeito (com as mãos ou com um garfo) acrescente água se necessário, não se esqueça que é para comer com "sopas" e rectifique os temperos. Deixe ferver mais 10 minutos, finalmente a 2 minutos de desligar o lume deite na panela um golpe de vinagre.
Serve-se sobre fatias finas de pão duro alentejano e folhas de hortelã.
Quem gosta, eu gosto, acompanha com rodelas de laranja.

Agora à moda dos Óscares:
Agradeço à D. Maria Alice por ser tão boa professora, aos Titios por serem tão generosos, ao Paulo por ser tão guloso, à Ana porque não gosta, a quem aqui vem por me aturar, aos meus familiares e amigos por qualquer coisinha e etc, etc, etc.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Coelho guisado com tomilho, bacon e cogumelos


Ora bem, começa-se pelo bicho que se corta aos pedaços e se tempera com sal e pimenta, de seguida fritam-se os pedaços em azeite bem quente durante mais ou menos um minuto o que é suficiente para ficarem dourados mas não cozinhados. Os grandes chefes chamam a este processo selar a carne e acreditem vale a pena perder este minuto pois caso contrário o coelho fica mole em demasia.
Retire e deixe repousar.
No mesmo tacho e no mesmo azeite frite pedacinhos de bacon para aromatizar o azeite, retire-os, e refogue uma cebola cortada às tiras, junte os cogumelos, 1 tomate maduro sem pele nem sementes ou 3 colheres de polpa, 3 ou 4 hastes de tomilho, 1 folha de louro, 2 dentes de alho picados e os pedaços do coelho, regue com vinho branco e deixe cozer destapado cerca de 5 minutos para que o álcool se evapore. Adicione água suficiente para tapar o coelho e deixe cozer com a tampa em lume lento, durante cerca de uma hora ou até o coelho estar tenro.
Sirva bem quente, polvilhado com o bacon frito e acompanhado com arroz branco.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Rolo carne com Batatas de Bombaim




Compro carne e mando picar, sim sou esquisita, não costumo comprar da carne já picada que se encontra na montra do talho, mas não é só por isso é que nesta receita gosto de usar duas partes de carne de vaca e uma parte de carne de porco picadas em conjunto e duas vezes se possível, arranjem um talhante simpático, pisquem-lhe o olho se necessário que ele fá-lo sem pensar duas vezes, sorrir muito também ajuda e dizer uma larachas se possível...
Coloco a carne numa taça. Na picadora ponho uma fatia generosa de pão duro partido aos pedaços, uma colher de sopa de orégãos secos e 3 dentes de alho. Pico tudo até o pão estar ralado e junto à carne, tempero com sal, acrescento uma colher de chá de cominhos, um ovo e 2 colheres bem cheias de salsa picada.
Misturo tudo muito bem e formo o rolo de carne.
Descasco mais alguns alhos que corto às lascas e enfio pela carne dentro. Cubro o rolo com fatias fininhas de bacon.
Coloco-o numa assadeira untada com azeite e levo ao forno a 180 graus durante uma hora, ao fim desse tempo uso o truque do palito como nos bolos, pico o rolo e se sair liquido rosado deixo estar mais um pouco.
Deixo repousar uns 10 minutos antes de o cortar ás fatias.
Acompanho com uma salada e batatas de Bombaim.
Cozo batatas novas mas de forma a que se mantenham rijinhas e corto-as aos cubos.
Ponho ao lume uma frigideira com azeite (eu sei, está caro, mas com óleo o sabor é completamente diferente) e assim que o apanho bem quente junto-lhe uma colher de sopa de piripiri em pó e outra de açafrão, deixo estar assim cerca de um minuto até o azeite absorver os sabores, acrescento as batatas e deixo fritar, escorro-as e tempero com sal fino.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Truques e Dicas


Depois de um período forçado de ausência, aqui está o SERÁ de volta ao activo!
Então aqui vai:

Um dos segredos da carne, está na maneira de cortá-la. O corte desajeitado é capaz de matar desde um futuro rosbife até um despretencioso bifinho caseiro.
A peça deve ser cortada sempre no sentido vertical e sempre a favor das fibras ou dos fios.
A carne nunca deve ser cortada directamente no mármore da cozinha ou em cima de uma pia de aço inoxidável. A tábua de carne ainda é a base ideal. A faca deve ser de aço inoxidável, extremamente afiada e que somente deve ser usada para isso.
Quando cozinhar uma peça de carne muito dura, deixe-a marinar algum tempo em vinhas de alho, sal e vinagre. Contudo, cozinhe-a logo que esta esteja amaciada, de modo a não correr riscos de contaminação bacteriana.
A carne não deve ser assada, nem grelhada ou cozida, enquanto não descongelar completamente. Fica impossível de mastigar.
Nunca de deve voltar a congelar a carne. Por vezes é difícil retirar uma peça entre várias congeladas.Quando quiser congelar várias peças, coloque entre elas papel absorvente de modo a não se colarem.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Rebuçados dos Deuses



Os antigos gregos gostavam de receber os seus convidados com doces porque acreditavam que os deuses desciam à terra, se disfarçavam de humanos e visitavam o comum dos mortais. Assim, ao receber alguém em casa, nada garantia que não fosse um deus, logo, que maneira melhor de lhe agradar que adoçar-lhe a boca?
Nas minhas pesquisas encontrei esta receita que tem tanto de facil como de deliciosa, resolvi experimentar e gostei.
Descasque laranjas às tiras, retire às cascas toda a «parte branca» que conseguir, enrole em caracol e prenda com um palito. Deixe de molho em água de um dia para o outro.
Num tacho coloque a água onde repousaram as cascas e o dobro do açucar (1 chávena de água, 2 de açucar...), por cada 100g de açucar(eu fiz a olho) ponha uma colher de chá de canela, junte as cascas de laranja (às quais já retirou o palito) e leve a lume forte até o açucar atingir o ponto estrada (ao mexer com a colher de pau, deixe uma estradinha por uns 5 segundos), junte pinhões e verta para um recepiente raso para arrefecer(eu cobri um prato com pelicula aderente e não tive problemas para desenformar).
Depois de frio, cortar em pedaços, os meus ficaram irregulares mas deve ser mesmo assim, lol.
Embrulhe no que lhe apetecer.
Dedicada à DEUSA que existe em cada uma de nós.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Secretos


Temperei os ditos 2 horas antes de cozinhar com uma pasta que fiz no almofariz, nada mais simples: sal, alho e sumo de limão.
Grelhei-os na chapa não sem antes lhes dar uns cortes não só porque eram muito grossos mas também porque isto faz com que não encaracolem.
O segredo dos secretos (que frase tão gira) é não os deixar secar em demasia, é uma carne que costuma ter pouca gordura principalmente se for de porco preto. Ao grelhar tenha-os sempre debaixo de olho.
Para acompanhar cozi massarocas só em água e sal que na hora de servir barrei com manteiga, salada de tomate e pimento e rodelas de ananás.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Bolinhas de carne




Fiz carne guisada com esparguete, cozi a carne primeiro como sempre faço e só então reparei que, como diz a minha Ana era "bué", tinha que arranjar um destino à restante ou então comíamos carne guisada durante 3 dias.
- Empadão?
- Não me apetece!
- E que tal bolinhas de carne?
- Boa mãe, são "bué" boas!
- ...

Tal como referi já tinha cozido a carne só com um pouco de sal, sem mais temperos o que me facilitou a vida. Piquei-as, juntei-lhe cebola, alhos e salsa igualmente picados, temperei com sal, pimenta e noz-moscada.
Formei bolinhas, passei-as por ovo batido e pão ralado. Dispu-las num tabuleiro e levei-as à arca frigorífica durante mais ou menos 1 hora, isto serviu não para as congelar mas para as ajudar a manter a forma ao fritar.
Fritei em óleo bem quente só para ficarem com uma camada douradinha por fora, uma vez que a carne já tinha sido cozinhada previamente.
Estavam deliciosas e não chegaram à mesa de jantar tal foi a gulodice da malta.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Bacalhau com quase todos


Ele há dias assim, o mais simples é o que melhor sabe.

Logo que cheguei ao Pingo Doce e vi as couves portuguesas resolvi o que fazer para o jantar.
Numa panela com água temperada só com sal pus as couves, deixei cozer 10 minutos, depois as batatas, cenouras e ovos mais 20 minutos e por fim as postas de bacalhau até estarem cozidas.
Retirei do lume, dispus numa travessa e foi quando me apercebi que me tinha esquecido do grão. Azarito! Marcha assim mesmo!
Piquei alho e cebola que cada um pôs no prato a seu gosto, tal como o tempero de azeite e vinagre.
No fim do jantar estava feliz. Parecia Natal outra vez.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Bucho de Azeite e Vinagre




Tasqueira que não engana ninguém gosta de fazer (e comer) petiscos.
Um dia ainda vou ter uma tabanca.
Este é um dos meus preferidos.

Compro os buchos já cozidos no Intermarché, mas como tenho a mania que só eu é que sei quando chego a casa cozo-os outra vez.
Numa panela ponho os buchos, 3 cabeças de cravinho, 1 colher de sopa de cominhos, 1 molho de hortelã e sal. Gosto deles tenrinhos, deixo-os ferver durante meia hora em lume bem forte. Desligo. Deixo arrefecer.
Limpo os buchos daquelas gordurinhas que me parecem suspeitas, corto às tiras, tempero com azeite, vinagre e sal, acrescento bastante cebola cortada às rodelas ou às tiras e salsa picada.
Como com uma bela fatia de pão alentejano.

Truque de algibeira: Com tanta cebola o hálito fica que é uma maravilha, mas pode minimizar isso, basta mastigar 1 folha de hortelã durante um minuto, isto se não tiver pastilhas à mão claro.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Costeletas panadas


Sim, sou fã de costeletas.
As costeletas são quase como o bacalhau, dão para fazer de inúmeras maneiras e no fim ficam sempre bem, então porque não aproveitar?
Não há bela sem senão, estas para ficarem bem saborosas têm que ser temperadas de véspera, mas depois compensa, na hora de cozinhar, como se diz por cá: - É sempre a aviar!
Bata as costeletas com o martelo dos bifes que com a mão dói que se farta, deixe-as bem fininhas mas não exagere, quando começar a pensar no vizinho detestável que o acorda nos domingos de manhã, está na hora de parar de bater.
Tempere-as com alho picado, sal, pimenta preta de preferência moída na hora, sumo e raspas de 1 limão.
No dia seguinte passe-as por ovo batido e pão ralado e frite em óleo bem quente.
Acompanhei com esparguete e uma salada chinesa.


Sugestão: este tempero também é óptimo para bifanas ou bifes de peru, depois de panados sabem bem tanto quentes como frios, logo, são óptimos para festas infantis ou piqueniques.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

sopa portuguesa


Na panela pus uma cebola grande, batatas, dois nabos, um dente de alho e cenouras. Tudo devidamente descascado, lavado e cortado.
No cesto dos vegetais pus alho francês e cenoura às rodelas, repolho cortado em juliana e feijão vermelho já cozido.
Temperei com sal e deixei cozer.
Retirei o cesto dos vegetais, desfiz a base da sopa com a varinha mágica, misturei tudo, acrescentei massa e azeite e deixei ferver durante mais 5 minutos.
Até aqueci a alma.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Dobrada com feijão branco e grelos


Mais uma receitinha das boas, para a engorda, para o colesterol e para nos aquecer a alma.

Cozi a dobrada e 1 chouriço ( não se esqueçam de o picar, se não rebenta) com sal e 1 ramo de hortelã. Deixei rodar o pipo da panela de pressão e contei meia hora. Retirei do lume, deitei o caldo fora, cortei a dobrada e o chouriço.
Fiz um refogado ligeiro com cebola e azeite, acrescentei 1 pitada de sal, 2 colheres de sopa de polpa de tomate, salsa e hortelã picadas grosseiramente. Juntei o feijão branco já cozido (usei do de lata), deixei ferver e como o caldo era pouco deitei-lhe água, assim que ferveu novamente, acrescentei-lhe os grelos e as carnes.
Deixei em lume brando até os grelos cozerem e o molho engrossar.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Bacalhau com Bechamel


Cozi 3 postas de bacalhau que depois desfiei, cozi batatinhas novas com a pele que depois descasquei, ralei 2 cenouras, piquei 3 alhos e uma cebola pequena.
Num recipiente de barro (qualquer um serve desde que vá ao forno) coloquei as batatas cortadas às rodelas, o bacalhau desfiado e limpo de peles e espinhas, a cenoura, alho e cebola, 1 pitada de sal e pimenta e misturei vigorosamente, os ingredientes vão fundir-se, as batatas partem-se mas é isso que queremos. Por fim, reguei tudo com 2 pacotes de bechamel (sim comprei já feito... vergonha), levei ao forno a 220 graus até gratinar.
Servi com salada de alface e fiz um figurão.

Quando me apetece e tenho tempo para o bechamel faço-o assim:

Num tacho ponho 4 colheres de sopa de margarina, deixo derreter e junto 2 colheres de sopa de farinha. Misturo bem até formar uma bola, deixo cozer uns 30 segundos, vou juntando leite quente (mais ou menos meio litro) aos poucos até o molho ter a consistência e o aveludado que pretendo, tempero com noz-moscada, sumo de limão, sal e pimenta.
Raramente acontece mas se ficar com grumos passo com a varinha mágica.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Lombo de porco recheado com chouriço e alho francês




Pego no lombo, olho-o de lado com um ar de louco, o lombo nada, não tuge nem muge, continua impávido e só por causa disso espeto-lhe uma faca bem no meio (sentido longitudinal), não contente, ainda lhe meto o dedo na ferida e alargo o buraco a meu bel-prazer, ora toma para não te mostrares indiferente, se não o trespassou por completo, viro-o e repito a operação até ter um buraco no meio.
Pego num belo de um chouriço alentejano, pico-o com um garfo e enfio-o no buraco do lombo, após todo este massacre ainda lhe cravo com umas tiras de alho francês para ficar bem apertadinho, ninguém gosta de buracos largos.
Já estou mais calmo! Ponho-o num tabuleiro
No almofariz junto alhos, sal e ervas da Provença, esmago, e barro a carne com esta pasta.
Corto batatas aos cubos que misturo com o resto do alho francês cortado às rodelas ou tiras, tanto faz, tempero-os com 1 fio de azeite, ervas da Provença, sal fino e uma pitada de colorau, junto-as ao lombo.
Borrifo tudo com vinho branco e levo ao forno a 200 graus durante mais ou menos 90 minutos.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Costeletas com salva e laranja


Tempere as costeletas pelo menos 2 horas antes com alho, sal e sumo de laranja.
Frite-as e coloque-as num parto aquecido, retire grande parte do óleo, deixe ficar só o equivalente a 3 colheres de sopa e junte um alho cortado às rodelas fininhas, folhas de salva e raspas da casca de 1 laranja, deixe ferver até os alhos estarem ligeiramente dourados e retire do lume, acrescente 2 colheres de sumo de laranja e misture bem.
Regue as costeletas com este molho e sirva imediatamente.

Acompanhei com salada de pimentos assados